Etimologicamente, a palavra monstro deriva-se do verbo latino mostrare, que significa mostrar, tornar evidente. Sendo assim, Monstro é aquele que se mostra. Mostra ou torna evidente algo anômalo, que chama a atenção por se diferenciar do que é considerado normal. O dicionário ainda define monstro como o indivíduo que causa pasmo, pessoa cruel ou horrenda. Em oposição ao belo, pode-se estabelecer a relação em que belo seria algo para ser visto, enquanto que monstro seria aquilo que se mostra.Como a própria etimologia da palavra confirma, o monstro é aquilo que tem que ser mostrado, mas não pode ser dito ou descrito, porque inclassificável.Grendles Modor e o Capitão Willard encontram-se no mesmo lago e dizem, agradavelmente surpreendidos: "olá, tu por aqui?"
Não.
O capitão Willard vai em busca de Kurtz, um coronel dos boinas verdes que saiu do controle dos generais e deve ser eliminado. E cumpre a sua missão. Mata o "monstro", e torna-se ele mesmo num monstro.
A Mãe de Grendel emerge para se confrontar com Beowulf que matou o seu filho monstruoso, mas em vez de o matar ou ser morta por ele, sedú-lo e concebe um novo filho dele, um monstro ainda maior e mais poderoso.
Isto não serve apenas para dizer que o encontro entre um homem e uma monstra é mais interessante do que um encontro entre um homem e um monstro...
Serve para dizer que tanto a mãe de Grindel como o capitão Willard emergem das "águas", e que a civilização gera monstros.
O sono da razão gera monstros imaginários diz Goya, o excesso de "razão" e o sono da intuição, gera monstros reais que comem pessooas mesmo, aos milhares, aos milhões.
The hearth of Darkness - Apocalipse now. O coração das trevas- Revelação agora
Subir o rio ou descer à caverna até para encontrar os monstros imaginários. Kurtz afinal não é um monstro, a mãe de Grindel também não. São os dois heróis,
tal como o capitão Willard e Beowulf são heróis. São todos heróis, manietados por meias-verdades e emoções confusas e poderosíssimas, uns contra os outros.
Tanto Beowulf como Willard vivem atormentados o resto das suas vidas depois da "vitória". Não é apenas a mentira aos outros, mas a mentira a eles mesmos que os atormenta, mas dessa última eles não sabem, a não ser pelo peso estranho que ganharam. Um peso que os prega ao chão.
Todo o "monstro" é um herói.
O pior medo é o medo de se procurar a sí próprio. A pior submissão é a de aceitar as "Verdades".
Todo o "herói" é um monstro.
I heard an ugly choking noise come from myself, and I saw the vomit spewing out onto the snow before I realized it was mine. The smell of wolf was all over me, and the smell of blood…
I was dreaming of the wolves. I was on the mountain and surrounded and I was swinging the old medieval flail. Then the wolves were dead again, and the dream was better, only I had all those miles to walk in the snow.
A voice said "Wolfkiller" long and low, a whisper that was like a summons and a tribute at the same time…
She had nut painted arms That were hers to keep, And in her fear She sought cracked pleasures. The passion of lovers is for death said she, Licked her lips And turned to feather
...the contributors to Monster Theory consider beasts, demons, freaks, and fiends as symbolic expressions of cultural unease that pervade a society and shape its collective behavior. Through a historical sampling of monsters, these essays argue that our fascination for the monstrous testifies to our continued desire to explore difference and prohibition.
I heard the many voices Speaking to me from the depths below...Come and drink of me
As "profundezas em baixo" diz a canção. Pressupõe que podem existir profundezas "em cima", the depths above. As profundezas acima e abaixo. O que está em cima como o que está em baixo. De facto, na realidade não existe absolutamente em cima nem em baixo, apenas o existem relativamente ao nosso plano, ao sítio onde os nosso pés estão agarrados.
Não sei se já experimentaram, ou realizaram, mas por vezes pensas que estás a ir para os "céus" e estás a ir para os "infernos", outras vezes pensas que estás a ir para os "infernos" e descobres o "céu".
Descobres, se ousares. Sustêm a respiração.
Who will lay down their hammer? Who will put up their sword? And pause to see The mystery Of the Word
Instead, driven by the absurdity of the consequence to which such “split positions” (Overton, 1998) inevitably lead, our common contemporary obligation is broadly taken to be that of working out how selves “can embody both change and permanence simultaneously” (Fraisse,
1963, p. 10). That is, if neither personal sameness nor personal change can be made to work alone, then we clearly need to arrive at some viable way of understanding selves as both simultaneously fixed and ongoing.
Turn and drink of me