"Meninas perdidas eu sei, mas só nessas vidas me achei
"
Diz hoje o Janita no DN, "deveria ser mais ouvido e lembrado". Merda, qual quê, deveria ser mais cantado, mais cantado mais cantado. As minhas guitarras sabem de cor "moda do entrudo", "Maria Faia" "Lago de Breu", "Pombas brancas".
Cantem se puderem, bebam o sortilégio da rima e do labirinto
do nosso Maior Bardo.
no lago do breu
A noite não vem sem sinais
que fazem tremer os mortais,
os dedos da morte vão juntos
para amortalhar os defuntos
E um rio de sangue de um peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E o som da bigorna como um clarim do céu
Rios que vao dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Senhor Barqueiro
Quem leva aí
Dao Dim
Na barquinha d'Aladim
Sou como o morcego vejo sem ver
Sou como o sossego sei esperar
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será pra ti
O mar é tao grande
E o mundo é tao largo
Maria Bonita
Onde vamos morar
Ganho a camisa
Tenho uma fortuna
Em terra alheia
Sei onde ficar
Eu sou como o vento
Que foi e nao veio
Maria Bonita
Onde vamos morar
Sino de bronze
Lá na minha aldeia
Toca por mim
Que estou para abalar
E a fala da velha
Da velha matreira
Maria Bonita
Onde vamos penar
Fragância morena
Portal de marfim
Ondina açucena
Chamando por mim
Aquela pomba tao branca
Todos a querem p'ra si
Verdes prados, verdes campos
Onde está minha paixão
As andorinhas não param
Umas voltam outras não
De nao saber o que me espera
Tirei a sorte à minha guerra
Recolhi sombras onde vira
Luzes de orvalho ao meio-dia
Vítima de só haver vaga
Entre uma mao e uma espada
Mas que maneira bicuda
De ir à guerra sem ajuda
Viemos pelo sol nascente
Vingamos a madrugada
Mas nao encontramos nada
Sol e àgua sol e àgua
De linhas tortas havia
Um pouco de maresia
Mas quem vencer esta meta
Que diga se a linha é recta
O MUNDO É BOLA DE FOGO NEM TODOS FICAM A ARDER
Ô-RI-Ô RI-Ô-RI-ÔI-RÔ RI-Ô-RI-RÔ.