Este é o labirinto de Creta cujo centro foi o Minotauro, que Dante imaginou como um touro com cabeça de homem e em cuja rede de pedra se perderam tantas gerações como Maria Kodama e eu nos perdemos naquela manhã e continuamos perdidos no tempo, esse outro labirinto. (JLBorges)
We listen to the tales and romanticize,
how we follow the path of the hero.
... This little light of mine it gives your past unto me,
I'm gonna let it shine
to guide you safely on your way.
Your way home...
Oh, what are they gonna do when the lights go down?
Without you to guide them all to Zion?
...
Daylight dims leaving cold fluorescence.
Difficult to see you in this light.
Please forgive this bold suggestion.
Should you see your maker's face tonight,
Look him in the eye.
how we follow the path of the hero.
... This little light of mine it gives your past unto me,
I'm gonna let it shine
to guide you safely on your way.
Your way home...
Oh, what are they gonna do when the lights go down?
Without you to guide them all to Zion?
...
Daylight dims leaving cold fluorescence.
Difficult to see you in this light.
Please forgive this bold suggestion.
Should you see your maker's face tonight,
Look him in the eye.
Eu acho que a ideia do labirinto para mim significa conhecer certas pessoas e conhecer-me a mim mesmo. Certas pessoas são tão complexas, tem coisas de tanto valor dentro delas, e existem tantas possibilidades de nos perdermos dentro delas, que se assemelham de facto a labirínticos caminhos. às vezes são labirintos verdejantes ao ar livre, é primavera, e existem pássaros. outras vezes são criptas labirínticas, debaixo de terra ou dento de mausoléus milenares.
conhecer-me é também um processo labiríntico. todas as vezs que decidi ir em frente sem contemplações pelas complicações emocionais, o que consegui foi achar-me em desertos, ou num dos becos do meu próprio labirinto sem fazer puto de ideia de como lá tinha chegado, e portanto, sem fazer puto de ideia de como sair e apanhar ar fresco.
Labirinto é também, para mim, a vida social, com todas as suas complexidades, caminhos sinuosos.
Mas ainda mais, a ideia de labirinto está associada a um processo que não é totalmente profano. Tem qualquer coisa de iniciação, de sagrado. existe naquela dimensão das ideias intuitivas, muito próximas do delírio e da loucura alucinatória; no entanto são ideias intuitivas, símbolos, que diferem das ideias alucinatórias e dos delírios apenas porque são partilhadas por muitos estratos antropológicos e por inúmeras manifestações sociais e culturais. Ou seja, são símbolos, digamos assim, universais.
conhecer-me é também um processo labiríntico. todas as vezs que decidi ir em frente sem contemplações pelas complicações emocionais, o que consegui foi achar-me em desertos, ou num dos becos do meu próprio labirinto sem fazer puto de ideia de como lá tinha chegado, e portanto, sem fazer puto de ideia de como sair e apanhar ar fresco.
Labirinto é também, para mim, a vida social, com todas as suas complexidades, caminhos sinuosos.
Mas ainda mais, a ideia de labirinto está associada a um processo que não é totalmente profano. Tem qualquer coisa de iniciação, de sagrado. existe naquela dimensão das ideias intuitivas, muito próximas do delírio e da loucura alucinatória; no entanto são ideias intuitivas, símbolos, que diferem das ideias alucinatórias e dos delírios apenas porque são partilhadas por muitos estratos antropológicos e por inúmeras manifestações sociais e culturais. Ou seja, são símbolos, digamos assim, universais.
Provavelmente, a dificuldade em aceder aos labirintos profanos, pessoais e sociais, leva alguns de nós a interessar-se por estas versões mais metafísicas. Leva-nos para esta dimensão intuitiva, um pouco acima e abaixo da realidade quotidiana. Quem sabe na esperança de que quando percebermos estes mapas metafísicos elles nos irão servir para nos guiar na realidade palpável que nos rodeia.
Esta sempre foi a minha intenção ao debruçar-me sobre estas dimensões intuitivas e oníricas; aceder de algum modo a mapas mais profundos do que os mapas da estrada, do que os mapas e as as receitas de boas maneiras e de boa educação, do que os mapas sociais explícitos de sobrevivência e vivência.
Até porque as pessoas e as situações que sempre me fascinaram, e nas quais quero entrar e passear, são sempre tão complexas, tem coisas de tanto valor dentro delas, e existem tantas possibilidades de nos perdermos dentro delas, que se assemelham de facto a labirínticos caminhos. às vezes são labirintos verdejantes ao ar livre, é primavera, e existem pássaros.
Se tenho medo dos minotauros e das armadilhas crípticas? Tenho claro, Mas nunca o medo me impediu de fazer o que acho importante; serve-me o medo para medir a minha coragem e para aguçar os meus reflexos.
Se tenho medo dos minotauros e das armadilhas críticas? Sim claro que sim. Claro que tenho medo dos meus fantasmas. Mas também sou feito por eles. Eles são parte de mim.
A passionate spirit
Uncompromise
Boundless and open
A light in your eyes
Then immobilized
Broken, broken
Fell at the hands of those movements I wouldn't see
Yet, it was you who prayed for me
Uncompromise
Boundless and open
A light in your eyes
Then immobilized
Broken, broken
Fell at the hands of those movements I wouldn't see
Yet, it was you who prayed for me
So, what have I done to be a son to an angel"
Sorri
Chorei tanto
Não me arrependi
Ganhei e perdi
Fiz como pude
Lutei contra o amor
Quanto mais vencia, me achava um perdedor
Mais tarde me enganei e vi com outros olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais
Me levando pra alguém
Quem visitou os corredores da minha alma
Soube dos enganos, secretos planos e até os traumas
Eu sempre fui muito só
Eu andei
Sorri
Chorei tanto
Fui quase feliz
Fiz tudo que quis
Fiz como pude
Desprezei meu ego
Dando esmolas a ele
Como se fosse um cego
Mais tarde me enfeitei, até pintei os olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais
Me escapando pra alguém
Quem visitou os corredores da minha alma
Soube dos meus erros
E dos nós que fiz bem na linha da vida
Eu sempre fui muito só
6 comments:
sabes que te agradeço todos o links...mas aquilo da ciberesque ou eske não me diz nada...
gente que acha que a dor são umas pancadinhas no rabo, latex a apertar as partes e tacões agulha (entre outras coisas)
é só mais uma estética catalogável, cujo objectivo é fazer valer un status, como o fazem as tias com os seus rótulos dolce e gabanna(até posso vir a recorrer-lhe em algum trabalho- o galliano tem colecções muito interessantes àcerca de arquétipos sociais e sexuais)
eu aposto que o Bokowsvi nunca precisou de sair à rua com estes artefactos!
(estou vestida de amarelo, mas estou tão dark....)
*
para acabar de vez com a doçura
[a]:
"You believed
You believed in movements none could see
You believed in me
A passionate spirit
Uncompromise
Boundless and open
A light in your eyes
Then immobilized
Broken, broken
Fell at the hands of those movements I wouldn't see
Yet, it was you who prayed for me
So, what have I done to be a son to an angel"
"Não é qualquer pessoa que pode penetrar num labirinto e sair indemne; a entrada possui o valor de uma iniciação."
Mircea Eliade, Traité d'histoire des religions, 1964, Payot, p.320
talvez por isso nos atraiam tanto, os labirintos. apesar do medo (por vezes tão sedutor).
Eu gosto de labirintos.
Destes também:
http://www.amazon.com/Ultimate-Maze-David-Anson-Russo/dp/0671730177
;)
beijo*
06:05
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