Agora já não é normal O que dá de malandro regular, profissional Malandro com aparato de malandro oficial Malandro candidato a malandro federal Malandro com retrato na coluna social Malandro com contrato, com gravata e capital Que nunca se dá mal. Mas o malandro pra valer - não espalha Aposentou a navalha Tem mulher e filho e tralha e tal. Dizem as más línguas que ele até trabalha Mora lá longe e chacoalha Num trem da Central.
Clarice querida,
... Escreva-me Clarice. Escreva carta. Um cartãozinho seu já é uma delícia. Mas eu quero a delícia maior das cartas. E fale de você. Fale muito de você. Nunca tenha medo de falar de você para mim. Receba um abraço e as saudades de
Manuel [Bandeira]
"Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.”
"Poemeto para ser lido "de cima pra baixo e de baixo pra cima" - este poeminha engraçadinho é bastante antigo nas listas de e-mail que rolam pela internet. Inicialmente divulgado sem autoria, ultimamente tem sido atribuído a Clarice Lispector. Caso alguém saiba quem escreveu esta graciosa brincadeirinha, peço a gentileza de entrar em contato comigo web.editora@anjosdeprata.com.br para que o nome seja divulgado":
Não te amo mais
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
E ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão. (Clarice Lispector)
"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
Rio, 5 de maio de 1974.
Querida Clarice:
Que impressão me deixou o seu livro*!
Tentei exprimi-la nestas palavras:
– Onde estivestes de noite
Que de manhã regressais
com o ultramundo nas veias,
entre flores abissais?
– Estivemos no mais longe
que a letra pode alcançar:
[...].
Obrigado, amiga! O mais carinhoso abraço da admiração do
Carlos
PM ocupa 23 favelas no Rio; tensão diminui nesta sexta-feira
Nos ataques de quinta-feira, 28, ônibus foram incendiados e postos da polícia e delegacias foram alvo de disparos, espalhando pânico entre a população. No mais grave, o incêndio de um ônibus da Viação Itapemirim, sete pessoas morreram carbonizadas na Avenida Brasil, num episódio classificado pelo comandante da PM do Rio, Hudson de Aguiar, como "desumano".
9 comments:
uma doçura, uma verdadeira doçura
bem, nem tudo... não podia deixar de haver a nota da miséria...
Eu nunca me canso de dizer isto... este teu blog é pura ARTE!
Adoro ler cada palavra, e sorver cada imagem! Ah como eu sei o trabalho que isto dá... e gozo também!
Migo, tenho andado desaparecida, ando sem muita paciencia para blogar... além disso super ocupada... mas estou optima :)
muitos beijos
e da violência...
vais acrescentando o post e o pessoal tem que ir acrescentando os comentários...
beijo.
Beijos,
vou ali às curtas de vila do conde já venho.
***
Clarice Lispector - adoro!
Há outro escritor brasileiro que penso que és capaz de gostar, (mas - às tanta - já conheces), Ruben Fonseca.
Conselho de Ostra! ;)
Zerinhos, hoje andei a cuscar os teus outros cantinhos e vou deliciada, gosto mesmo muitoooo de passar por aqui :)
Sapinho deixo um Beijo
(superstyling!!!3000)
a Lispector também!
a Valério dispensava-se, não???
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