20060604

porque carga de água a navegar no desconhecido?

Qual o reflexo lume do polido Espelho de aço ou de cristal fermoso, Que, do raio solar sendo ferido, Vai ferir noutra parte, luminoso, E, sendo da ouciosa mão movido, Pela casa, do moço curioso, Anda pelas paredes e telhado, Trémulo, aqui e ali, e dessossegado:






No meio do oceano, não cartografado, em frente ao desconhecido, mais do que isso, a navegar própriamente no desconhecido... Não temos culpa das normas arbitrárias do sítio do espaço-tempo onde nos encontrámos nascidos. Não fomos nós que as fizémos, não jurámos por elas, não nos foi dado a escolher.
Porquê obedecer?
Porque carga de água?

(talvez apenas a carga de água que está em frente, para atravessar?) versao 0.0






(a arte da vida não será de facto esperar- o mais serena, pacífica e confortávelmente possível- pela morte?
[inspirado em Jesus de Montreal, o Actor confronta o Padre sobre o sentido da vida) versão 0.0







Tal há-de ser quem quer, co dom de Marte,
Imitar os Ilustres e igualá-los:
Voar co pensamento a toda parte,
Adivinhar perigos e evitá-los,

Com militar engenho e sutil arte,

Entender os imigos, e enganá-los,

Crer tudo, enfim; que nunca louvarei
.
O Capitão que diga: «Não cuidei.»










CAMÕES! ...Vai chatear os Caimões.
a arte da vida não será, mas é, de facto, esperar- o mais serena, pacífica e confortávelmente possível- pela morte?





Hum...?

















texto inicial: Lusíadas; Canto VIII (Parte II), 87 e 89.
fotos: por X-girl, detalhes escolhidos por 0.0

1 comment:

Anonymous said...

Really amazing! Useful information. All the best.
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