as palavras de dentro esperam em vão. o coração afoga-se em inquietações sem nome, e em vão tenta protestar.
enquanto políticos, automobilistas, amigos, e família se entrelaçam num bolo indigesto e sereno de desorientação social e emocional, enquanto todos parecemos empurrar uma sociedade inteira para as inumeras e vorazes bocas invisíveis, enquanto cidades inteiras e aldeias globais esperneiam eficazmente dentro de uma montanhosa sepultura de açucar derretido,
o barbeiro e a psicanalista fazem o seu trabalho pausadamente.
impedem-me por mais umas semanas de me tornar um bicho surdo-mudo cabeludo com os olhos vivos nos farrapos de floresta que ainda resta.