20060203

-11.03



26112005 "[...] o medo, o pânico, de onde me vão levar estes pensamentos.o sonho do outro dia em que perdi a minha tia que vivia dentro de um ovo. a indiferença das pessoas, a violência das relações, a luta pela sobrevivência, a ausência de narrativa, condição pós-moderna em que o autor se vê obrigado o instaurar-se como centro para organizar o caos percepcionado pela visão caleidoscópica relativista. sofro de pós-modernismo. é essa a minha infecção. o pós-modernismo infecta aminha fonte de amor. medo de me perder no teu labirinto imaginário. e quanto mais gosto de ti mais me conheço[...]"
10112005 somos um homem e uma mulher que se gostam e desejam com um medo terrível de se aproximar. de se perder um no outro, como em dois labirintos imaginários.
03022006 não sei o que responder à tua última carta electrónica, aquela do "isto tem que parar" e do "E é então que dou com a solução: Encontrarei outro, encontrarei outro, procurarei outro, nem que tenha que encontar outro, vou encontar outro, para que isto pare", e do "E penso nisto, ao mesmo tempo que penso exactamente o contrário; ao mesmo tempo que sei que te pertenço só a ti". Não faço a mais pequena ideia do que responder. puseste-me em estado esquizofrénico com essas mensagens contraditórias, tão intensas e salientes em si-mesmas. fiz este blog por ti, fizeste-me embrenhar mais e mais dentro de mim próprio, à procura da minha saída de mim-mesmo. fizeste-me parar e procurar uma saída, mas já é tarde...São estes os labirintos. foges mais para o centro do teu labirinto e chamas-me de lá. E eu construo mais um labirinto para te receber. será que só nos vamos encontrar desapossadamente na nudez última do sexo?
imagem: david rankine

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