Ars Amatoria. 2 (& The Easter Desbundant Praise...wish you & you were here)

Nos venerem tutam concessaque furta canemus, Inque meo nullum carmine crimen erit.

uh said the man to the lady
uh said the lady to the man she adored

Sim, este é um blogue de fôfas... :) que gostam de se deleitar com peixes passados pelo fogo :}

Olha o passarinho da pos-modernidade

Mais um para a minha colecção de monstros sagrados.

Irlanda, Irlanda do Norte, Portugal, India, Nepal, Sérvia, Ecuador, Grécia, presentes nesta desbunda Ostárica. Aí está, a união do Ocidente com o Oriente, a obra feita, a Pedra.


Depha não fez a dança do ventre em cima da mesa como desafiada por mim e pelo Jonatan (até se podia arranjar um bikini porque o Joni andava com o da Olive por não ter lavado roupa a tempo) , mas a Nepalesa que veio de HongKong compensou-nos com um espétaculo lindo ao dançar lascivamente com a Anastasia, como duas Bacchae despertas no delírio do alcóol e do ritmo.

Let's spend time not money.
Mix your milk with my cocoa puff, milky, milky riiiiiiigh
My lovely lady lumps (lumps)
In the back and in the front (lumps).


Oh I wanna go, I wanna go, oh won't you please take me home
Oh won't you please take me home
He said- turn me around and take me back to the start
I must be losin' my mind


Don't want to be on top of your list
Phenomenally and properly kissed
We overcome in sixty seconds
With the strength we have to together
But for now, emotional ties they stay severed

All five horizons revolved around her soul
As the earth to the sun... I take a walk outside
I'm surrounded by some kids at play
I can feel their laughter, so why do I sear?
Oh, and twisted thoughts that spin round my head
I'm spinning, oh, I'm spinning





When you're down and out, when you're on the street,
when evening falls so hard, I’ll comfort you. When darkness comes and pain is all around,

Hic modus, haec nostro signabitur area curru:
Haec erit admissa meta terenda rota.

That’s my aim, that’s the ground my chariot will cover:

that’s the post my thundering wheels will scrape.

Power is power, the law of the land,
Those living for death will die by their own hand,
Life's no ordeal if you come to terms,
Reject the system dictating the norms

From dehumanization to arms production,
To hasten this nation towards its destruction,
It's your choice, your choice, your choice, your choice.
Peace or annihilation

**

Textos:
Ovídeo "a arte de amar";
relatos de 0.01,
Pixies "hey",
Black eyed peas "My humps",
Guns & Roses "Paradise City";
Massive Attack "Karmacoma";
Pearl Jam "black",
Johnny Cash and Fionna Apple "bridge over troubled water, original de Simon & Garfunkel";
A Perfect circle "annihilation".

Imagens: aparte as fotos de 0.01, descubram vocês.

It's so easy to laugh, It's so easy to hate.
It takes strength to be gentle and kind
It takes guts to be gentle and kind.





Bom, e cá foi mais um dos primeiros domingos a seguir à primeira lua cheia depois do equinócio da primavera, ou seja, Páscoa (do Hebraico Pessach, ou "passagem", segundo alguns a passagem do anjo da morte aquando da última das pragas do Egipto),
em Anglo-Saxonico, Easter (de Ostara, ou segundo alguns Eostra a deusa do Este, o nascer do dia ou aurora, segundo outros a deusa da primavera e da fertilidade, seja como for representando o renascimento e a fertilidade depois da "morte" dos meses de inverno).




A morte, o império, o cobarde, o cheio de ódio, o frustrado, o pequeno fala:

bow down before the one you serve
you're going to get what you deserve

Incapaz de encontrar o amor e a metamorfose, idolatra a morte, defende a destruição para poder dar vazão ao seu sadismo infantil, perpetua o ciclo predador-presa judaico-cristão romano das fogueiras e dos genocídios, dos campos de morte anti-semíticos, e anti seja o que for,excita-se com a morte e o sofrimento em massa. Acede à morte e à estagnação invernal através da negligência e do consentimento social das opressões. Homo homini lupus: não é homem nem é lobo, porque os lobos não comem os seus e os Homens transcendem a sua ignorância através da inteligência e da criatividade.

A Vida, Eros, a Libido, a Paixão, o Amor fala:

Weve come a long long way together,
Through the hard times and the good, I have have to celebrate you baby, I have to praise you like I shouldddddd

I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you like I should I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you I have to praise you

We could live
For a thousand years
But if I hurt you
I'd make wine from your tears

And they could never ever tear us apart

O homem que Ostara de palavras. As pessoas que nos dão vida.

"Epá, foi mesmo do baril ter estado contigo naquela ditosa noite da re-união das tropas e do reapontar dos torpedos! Tás em grande ó altíssimo! Isto de passar a vida a acender lamparinas nas cavernas abismais da congénita cegueira que nos separa da verdade, e da vida, parece fazer mesmo bem à ialma, sim senhor! As forças do alto estão contigo!

Envio-te só agora os ex-critos, que de facto, uns meses depois me dão ideia de ter que passar não pelos ofícios da costureira mas sobretudo pelo machado do lenhador ou o facalhão do talhante… seja como for envio-te este primeiro rascunho, não para que percas muito tempo nele, mas para que me digas, à primeira vista, onde achas mais premente fazer cair a lâmina. A parte do instrumento, da análise estatística e dos resultados, é que talvez pudesse ficar mais a teu cargo já que reconhece em ti a honrosa paternidade!

Cravado no madeiro da separação e do desamparo, coroado pelos espinhos da castração e aceitando sem pestanejar as agruras da condição, com os olhos no alto, deixando-se sonhar pela divina rêverie (introjectando pensamentos oníricos do paraíso) elaborou as trevas da finitude, e foi salvo! (palavra do delírio chagasiano, yá-mén!)"

Eu sempre disse que este gajo amava as palavras e por isso é especial. Quem ama as palavras como ama coisas vivas é especial, é humano, por mais fraquezas e defeitos que tenha.

Palavras e música, são as coisas mais importantes da condição humana. O resto são bifes, fibras, e fluidos orgânicos, nada mais que isso.
As pessoas que mais valorizo e que me deram as melhores coisas na vida foram as pessoas que me deram palavras e música especiais.
Lembro-me da primeira vez que ouvi mexer o embrião desta ideia: foi quando CAD disse, em pleno Caos e Metapsicologia, (com aquela banda de chill out psicadélico em som de fundo ao vivo onde tu camarada NO tocavas baixo) "Beethoven ouve-se com o corpo todo".

E o Joni que me mostrou Placebo, Mogwai, God Speed You Black Emperor, Cat Power, quando eu pensava que já não havia nada de novo debaixo do sol.
Tu que me deste A Perfect Circle, Corvus Corax, Luar na Lubre, e me fizeste redescobrir Depeche Mode na carne e nas circunvalações lunares do cérebro. Tu que me mostraste Anthony and the Johnsons, Bohren und der club of Gore. Tu que me fizeste revisitar a autoestrada 61 de Bob Dylan. Tu que me ensinaste a ouvir Bossa Nova no teu Renault 5 quando estavas com coração destroçado e um sorriso grande que me fez perceber que a Bossa ampara o coração e ensina o amor quando nada mais consegue. E tu meu grande amigo desencontrado, que me fizeste pegar numa guitarra pela primeira vez, e me mostraste os Xutos, os Mão Morta, os Violent Femmes, os Joy Division, Os Velvet Underground, Tom Waits. E tu aí, que me mostraste aquela versão deliciosa do Paradise City... e tu, e tu, e tu... Todos pessoas que estão na minha pele, porque ela se acorda quando me lembro de vós. Tu que estás debaixo da minha pele em tinta preta, sinto tanto a tua falta em cada hora que passa...mas tenho os livros que me emprestaste e que leio como se passeasse pelo teu espírito, pelos planaltos do teu corpo, conduzindo a gôndola em riste numa Veneza de lágrimas, à descoberta de zonas de caça de luz, pelo cheiro, como um animal selvagem a descobrir uma cidade pela primeira vez.

Eu meço as pessoas pelas palavras e a música que elas me dão. Que elas me passam clandestinamente, como dealers de alívio e de gozo sublime. É o melhor indicador dao valor das pessoas, como tenho verificado durante estas 3 decadas e meia de errância pela vida.

O resto, o resto é entropia. Ruído, macaquice, pura estupidez, pequenice. O resto não vale a pena.

We've come a long long way together,
Through the hard times and the good,
I have to celebrate you baby,
I have to praise you like I should

http://www.youtube.com/watch?v=tFeoCLHi5e4


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4

I think the reason I like fairy tales so much is that as a form it's what I get from the fairy tales, folk, tales, myths, are these vert extreme images, very heightened, but with some foundation to them. It means something, but it's fairly abstract and if it's going to connect with you then it will connect with you, and if it's not then it won't. (Burton on Burton, p.94)

Oh fria fria geração, flor da minha tristeza. Ferida que se abre no momento mesmo da pureza. golpe veloz que rompe os dedos e reinicia o sangue.




. .

.

Meu talento

é essa transmutação de fora para dentro.

de dentro para fora, até restar somente
um ouro líquido sobre montanhas de treva,
ouro e treva unificados, em cima
e em baixo

mas ouve: [...]

.É perigoso conter essas forças

vivas como pulsos. É perigosíssimo o fogo

- é um estranho
jogo de ecos este, escavando fundo na treva, ouro
que irrompe, musical. E é tão inesgotável essse árduo filão do mistério.

É importante manter os obstáculos no caminho,

e fazer o caminho. Que seria o caminho senão os obstáculos,
senão uma prática de superação?

É necessário entrar com o corpo por inteiro na sombra,

e refulgir.

You substitute the path for the journey, you think that the two coincide. But how should a progress coincide with a thing, a movement with an immobility?

We do not go from the perception to the idea, but from the idea to the perception; the essential process of recognition is not centripetal, but centrifugal.














































fotos:1) Dolores Nielson; 2)3) S.Salgado, e mais umas avulsas (Eva H., 0.01, Manara "A sátira")
Textos 1) Vasco Gato "Lúcifer"; 2) Bergson "Matter and Memory"

Quero-te

때릴꼬야? (똘망똘망)

*

Então boa tarde Lisboa.

Durante estes anos todos,

Lisboa ficou a fermentar na memória

em cascos de velho carvalho

As cores e as formas a esfumar-se lentamente

E a pedra a dissolver-se em matéria de sonho.

Agora, de volta aqui

As coisas que constituem Lisboa parecem todas comestíveis e lúdicas,

A pedra milenar está viva e sonha,

As suas irregularidades são os refegos de um dragão recém-nascido,

há apenas quatrocentos anos

Respira numa absurda lentidão

no seu sono de cria monstruosamente ingénua,

deita fumo de agua-ardente pelas narinas,

Nada da geometria euclidiana do cínico e imperial dragão inglês.

Cheiros muitos cheiros,

Muito suor a evaporar ao sol.

Os pés colam-se à memória,

O rio entra pelos olhos

e inunda a alma de algas.

E a jovem feiticeira pede-me para deixar o dragão a dormir...

mais uns séculos.





shhhhhhh






AsYou Wish, baby.
I'll do it for you,
only for you.

*

coincidencias

reading another's mails provides one with the taste of violating two persons at once.

the interpretation of murder, pagina 401