20070428

Aos que nunca voltaram 2. Uma Homenagem (em Burgos e Lisboa)

When I left my home and my family my mother said to me: "son it's not how many Germans you kill that counts it's how many people you set free". so I packed my bags, brushed my cap, walked out into the world. I was seventeen years old, never kissed a girl.
I took the train to Voronezh that was far it would go. Changed my sacks for a uniform, bit my lip against the snow, I prayed for Mother Russia in the summer of 43 and as we drove the Germans back I really believed God was listenin' to me.
We howled into Berlin, tore the smoking buildings down, raised the red flag high, burnt the Reichstag brown. I saw my first American, he looked a lot like me, had the same kind of farmer's face, said he come from some place called Hazard, Tennessee.
When the war was over my discharge papers came. Me and twenty hundred others went to Stettiner for the train; "Kiev" - said the commissar, from there your own way home. But I never got to Kiev, we never came by home. The train went north to the taiga, we were stripped and marched in file up the great siberian road miles and miles and miles. Dressed in stripes and tatters in a gulag left to die all because comrade Stalin feared we'd become too westernized! Used to love my country, used to be so young, used to believe that life was the best song ever sung.








Eu tive a sorte de chegar de volta. Digo-vos que rezei para que os dados dos deuses e demónios da estrada e do mar me fossem favoráveis. Morrer novo é chato, morrer moldado em chapa de aço fumegante ou afogado no meio do oceano é ainda mais chato.

Por falar em sorte e jogo, no casino do ferry consegui ganhar o suficiente para uma noitada de cerveja e fumo, além de torrar algumas fichas distraído a flirtar com a bela Claudia e o seu torso náutico, a beijar com os olhos as suas mãos XXX, delicadíssimas e despudoradas, a dar as cartas do poker, a distribuir os molhos de fichas de roleta, e a ouvir a sua voz rouca ao olhar os números decorosamente inoportunos em que eu teimava em apostar.
No poker, seja ele aberto como o Hold'em ou fechado como o Brag, o momento da aposta é uma inquieta mistura da interna sede de ganhar com o valor real e probabilístico da mão. E depois, é uma questão de paciência, sangue frio e quente em doses certas. Gosto do poker porque me permite faer bluff, coisa que nunca me deixo fazer nas coisas da realidade, e como diz Elliot nos 4 quartetos, nós os humanos não suportamos demasiada realidade.

"Standing there a few minutes earlier, waiting for the others to come I gazed around the room.A step aerobics classe was about to beguin...she stared at me, with eyes that seemed indignant, behind the pink-tinted lenses. The gulf between us was immense - hundreds of years, thousands of miles, a shift of cultures. She had come here to dance, to have fun, to exhibit her fondness for pink. I had come to study how to kill with a single slice...how to draw, cut, kill and resheath, all the while supremely indifferent."







O golfo da Biscaia é uma cidade para seres aquáticos. Golfinhos, cachalotes, orcas, baleias, populam nas suas profundidades que chegam a atingir os 3.000 metros; um abismo cheio de água salgada. Acabámos por ter a sorte de ver alguns cardumes de golfinhos ao longe, e uma baleia finlandesa. Assinei um papel em que dei 5 libras todos os meses para a fundação de pesquisa da vida natural no golfo da biscaia.








Mais 5 para a Aministia Internacional desde hà 4 ou 5 anos. Curioso, sabiam que a Amnistia Internacional se
iniciou por causa da indignação de dois jornalistas ingleses perante a brutalidade repressiva da Policia Internacional de Defesa do Estado (PIDE)? A amnistia trabalha para tirar dos gulags gente como o rapaz de 17 anos cantado acima pelos Waterboys.
Alguns podem-me acusar de politicamente correto e não sei quê. Não é nada disso. Eu defendo por exemplo a caça à raposa, e os touros de morte, e abomino o atropelamento da raposa e os matadouros municipais.


Enfim, já sei que estou a arranjar lenha para me queimar... Ha, como eu gosto de saltar fogueiras, e de cuspir fogo.:)

Não é nada disso de politicamente correto. Simplesmente eu adoro a vida selvagem, e o homem tem o direito a ser um animal selvagem (e nunca um animal de jaula urbana, que como todos os animais enjaulados se torna doente e doentio em vez de selvagem, drogado em vez de embriagado com a vida), e o homem tem o direito de, como os lobos selvagens- que não tem nada a ver com os cães domésticos- uivar poesia à "Lua" e ser amante dela.

Eu adoro a Vida. E odeio os que a matam por estarem mortos por dentro: Os mais perigosos são os que adoram a lua por ser um astro morto e não por ser a regente das marés da terra e das marés dos úteros. Os que querem controlar as marés porque não sabem nadar no abismo. Os que adoram a lua porque não podem beber do Sol, visto serem apenas gelo (Isa) disfarçado de gente . Esses são os seguidores da cantiga da morte, os pequenos destruidores, os ratos humanos, os que esperam sorridentemente a oportunidade para destruir anónimamente e pela calada tudo aquilo que dá vida. Esses podem esperar pela "minha" lâmina e a dos meus irmãos e irmãs, mas chegará quando menos esperam. Tal como aconteceu comigo quando estava enregelado de medo...


Now you say you've got trouble
You say you've got pain

You say've got nothing left to believe in

Nothing to hold on
to trust
Nothing but chains

You're scouring your conscience

Raking through your memories

Scouring your conscience

Raking through your memories

But that was the river

This is the sea yeah!

Now i can see you wavering

As you try to decide

You've got a war in your head

And it's tearing you up inside

You're trying to make sense

Of something that you just can't see

Trying to make sense now

And you know you once held the key

But that was the river

And this is the sea!
Yeah yeah yeah yeah yeah yeah yeah!
Now i hear there's a train

It's coming on down the line

It's yours if you hurry

You've got still enough time

And you don't need no ticket

And you don't pay no fee

No you don't need no ticket

You don't pay no fee

Because that was the river
And this is the sea!


Behold the sea!








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textos:
Waterboys: "Red Army Blues", "this is the sea"

Christopher Ross:
"Mishima's Sword. Travels in
search of a samurai legend"

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