20070425

As ruínas do Carmo

Pela estrada fora vinha um homem Encoberto pelas sombras da noite
Alguém lhe perguntou o nome
Sou uma miragem, Dizem que semeio o caos e a destruição Como o vento semeia as papoilas








Estava eu com V. , o meu grande amigo, mestre da pedra e da madeira, e irmão-de-lei no matrimónio civil com a minha irmã, no meio do entulho da loja na Rua dos Fanqueiros, a pensar alto como é que se poderia vir a conjugar o espaço, a luz e a sombra, tentanto negociar a prioridade ao arco de pedra pombalino no fundo com a generosidade solar feminina da enorme janela da entrada,
mais uma vez lá estavamos nós no meio do entulho, como da primeira vez há uns 13 anos (quando o Flores ainda era vivo) na casa de carnaxide. mo meio dos tijolos partidos e da poeira de cimento, depois de dar vazão aos maços demolidores de Thor Rex e de Augustus Pi Rex, a pedido da minha mãe nas suas famigeradas e egoístas remodelações da sua casa,
eis senão quando




Sent: 17-Apr-2007
19:21:55

Sender: Jade

olá! estás por cá?

Sent: 17-Apr-2007 19:22:00
Sender:0.01


Sim!
19:25:00
Tens algum tempo amanhã? Queres ir ao cinema? Café? Almoço? ;)

19.33:00
Amanhã vou voar às 3 e já tenho almoço combinado. Ou hoje à noite ou então amanhã só se for pequeno almoço...

19:35:00
Pekeno almoço soa bem! Aondi e a que tantas?







19:45:00

Que tal ás 11 no largo do Carmo?



19:50:00

Levas os cravos? La estarei. Bj.






19:59:33

Na ponta da G3, sempre! ;) até amanhã, bjs.




Uma vez conheci uma miúda que queria tanto disparar cravos em vez de medo e raiva...
dizia que gostava de combates mas tinha um medo enorme e sensato das metralhadoras carregadas, dizia que queria revoluções mas estava enrodilhada no fascismo, dizia que tinha uma língua de fogo mas acedia à censura, dizia que detestava a submissão mas tinha terror da pide. um dia veio o 25 de abril e pode ir gritar para a rua a plenos pulmões: sou uma Mulher!
Linda, linda, poderosa, gentil, pura e culpada, como na imagem gravada para sempre nos meus olhos dela a correr nua
depois do duche, como uma feiticeira transformada em gazela, pela casa dos fanqueiros sempre cheia de entulho e madeira a ser trabalhada... daqueles momentos que vale a pena pagar a vida só para os viver


24 de Abril de 1974, Lisboa

«22h55 - A voz de João Paulo Dinis anuncia aos microfones do Rádio Clube Português: "Faltam cinco minutos para as vinte e três horas. Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74 «E Depois do Adeus»". Era o primeiro sinal para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas.»

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
um dia conto-vos a história do meu pai, capitão do MFA e do PREC. Filho de taberneiros e sofrendo de depressão e hipomania. Avô babado de três, besta quadrada, misógeno insensível, abjeccionista, puto mimado, velho namoradeiro...





Real Name: Jade
Identity/Class: Vampire /sorceress
Powers/Abilities: Jade is an ancient vampire with all the powers that usually come with the condition. In addition to this, she is also a powerful sorceress.
History: Jade is a 4000-year-old vampire-sorceress who has been the leader of a powerful, Shanghai crime family for over a millennia, a position she inherited from her father. For ages, it was a position she filled based upon honor. Her competitors believed "Jade" a title given to the woman who controlled the family in each generation.


Cantai bichos da treva e da aparência Na absolvição por incontinência Cantai cantai no pino do inferno Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo Cantai cardumes da guerra e da agonia Neste areal onde não nasce o dia Cantai cantai melancolias serenas Como trigo da moda nas verbenas Canta cantai guisos doidos dos sinos Os vossos salmos de embalar meninos Cantai bichos da treva e da opulência A vossa vil e vã magnificência Cantai os vossos tronos e impérios Sobre os degredos sobre os cemitérios Cantai cantai ó torpes madrugadas As clavas os clarins e as espadas Cantai nos matadouros nas trincheiras As armas os pendões e as bandeiras Cantai cantai que o ódio já não cansa Com palavras de amor e de bonança Dançai ó Parcas vossa negra festa Sobre a planície em redor que o ar empesta Cantai ó corvos pela noite fora Neste areal onde não nasce a aurora

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